Dramatizando a Cidadania Fiscal no contexto Nacional e Internacional
O Projeto Dramatizando a Cidadania Fiscal no contexto Nacional e Internacional foi idealizado em 2005. É constantemente reelaborado pelos servidores da Universidade Estadual de Maringá Prof. Dr. Marcílio Hubner de Miranda Neto. Este projeto tem como objetivo a utilização da linguagem cênica para promover reflexões sobre o papel de cada cidadão no tocante à correta utilização dos recursos públicos, bem como, no combate à sonegação, ao contrabando e à pirataria. As peças “O Auto da Barca do Fisco” e “A Farsa do Fiscal que se Casou com a Trambiqueira” são apresentadas em eventos ou em temporadas, sempre precedidas ou sucedidas de palestra ou discussões sobre plasticidade neural, aprendizagem e a formação para a cidadania, bem como sobre questões de abrangência do Programa Nacional de Educação Fiscal. Na peça “A FARSA DO FISCAL QUE SE CASOU COM A TRAMBIQUEIRA” são dramatizados muitos dos problemas que estão envolvidos no contrabando e na pirataria como o desrespeito com os autores e produtores de produtos originais e as ameaças a saúde relacionada ao consumo de produtos de origem desconhecida. São também mostrados o desemprego e a ânsia por consumir produtos industrializados tais como brinquedos, CDs, computadores entre outros, como fatores que favorecem o surgimento de máfias de contrabandistas e de legiões de camelôs e sacoleiros que muitas vezes, sem se dar conta, servem a essas máfias. Por outro lado, grande parte da população não hesita em adquirir produtos contrabandeados e pirateados sem se preocupar com os prejuízos que isto ocasiona para toda a sociedade. A peça “O AUTO DA BARCA DO FISCO” salienta que do mundo medieval para o mundo atual, as mudanças foram muito pequenas, as desigualdades, a injustiça social, a exploração de uma nação por outra e a corrupção têm muito em comum. Isto faz do teatro vicentino uma obra crítica e atual, que nos inspirou a produzir o texto “O AUTO DA BARCA DO FISCO” onde, à semelhança de Gil Vicente, critica o modo de vida distorcido de vários elementos de nossa sociedade. Adicionamos também elementos do teatro moderno tomando como fonte de inspiração “O Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna. Este segundo autor, pela intervenção da compadecida, procura ressaltar o lado bom das pessoas, portanto, traz consigo uma mensagem de esperança no sentido de que o bem e o mal habitam dentro de todos, mas que o mal só predomina quando o sujeito é submetido a dificuldades extremas ou uma formação moral distorcida. Traz também importantes reflexões dentre elas se a baixa produtividade física e mental de pessoas pobres e mal alimentadas são meramente preguiça ou se decorrem da baixa produção de energia e falta de estímulos.